Primeiramente vale a pena falar que jornal trabalha com impressão offset (o nosso colunista Roberto Marchesoni ainda vai explicar como isso funciona), mas, ao contrário das gráficas convencionais que trabalham com folhas de papel em diversos tamanhos para impressão em máquina plana, as gráficas de jornais trabalham com bobinas de papelenormes, que são impressas em máquinas rotativas.
as gráficas de máquina plana não trabalham com papel jornal, nem LWC (falo abaixo destes), você terá que optar entre offset ou couchê.
Tipos de papel para jornais: Existem vários papéis, mas alguns são inclusive importados, por isso pouco utilizados, sendo que os mais usados são:
- Papel jornal: o mais utilizado (até por ser o mais barato), que vemos na maioria das publicações de grande circulação;
- Papel offset: é a folha branquinha, igual o papel que você utiliza em sua impressora, sendo que em gráfica o mais utilizado é o offset 70g, geralmente utilizado para cadernos especiais ou jornais de empresas; e
- LWC: tem um leve brilho nos dois lados do papel, lembrando um pouco o Couchê, sendo mais utilizado por jornaizinhos promocionais de grandes magazines (Casas Bahia, Carrefour) por ter uma aparência melhor.
Quanto ao Formato, são três os comumente utilizados para jornais, a saber:
Formato Standard
É a medida mais utilizada nos grandes jornais, pois aproveita o máximo da área da chapa de impressão das máquinas offset.
Nesse formato a mancha gráfica da página (área onde se imprime textos e imagens) mede 52,5 x 29,7 cm (existem variações nos diversos jornais impressos nacionalmente), sendo que a área total de papel (com bordas brancas) depois de impresso é de 56 x 32 cm. Há alguns anos tentou-se uma padronização da altura da página (área impressa) nessa medida, pois sempre foi muito complicado para as agências de grandes anunciantes terem que mudar a medida do anúncio para cada jornal que seria veiculado.
Aspectos positivos: Espaço amplo para matérias, parece mais imponente (por ser grande), pode ser dividido em cadernos.
Aspectos negativos: Só pode ser impresso em editoras de grande porte e, por isso mesmo, só compensa rodar se for uma tiragem muito grande (acima de 30.000, pelo menos); devido seu tamanho que é grande, o manuseio pelo leitor é mais restrito (difícil ler em ônibus, p.ex.); pelo formato maior, o custo com envio por correio também é maior; exige grande volume de matérias.
Formato Tabloide
Formato utilizado para cadernos especiais encartados nos grandes jornais e alguns jornais que são distribuídos em ruas, sendo que este formato é resultado da divisão do formato Standard em duas partes (é a metade do formato).
Nesse formato, a página possui uma mancha gráfica de 26,5 x 29,7 cm (existem publicações com variações), entretanto existem variações desse formato. O papel total de duas páginas impressas (página espelhada) é de 56 x 32 centímetros (como se pode observar, a mesma medida da página Standard).
Aspectos positivos: é um formato ideal para se encartar em jornais de grande circulação que sejam no formato Standard, pois se encaixa facilmente no jornal dobrado (por serem a metade dele), por ser menor é mais fácil se conseguir completar com notícias, podendo ser impresso em gráficas de pequeno ou de médio porte. Seu custo para postagem é bom (por ser menor que o Standard) e é mais fácil de ser manuseado pelo leitor nas diversas situações (inclusive em transporte público).
Aspectos negativos: não funciona quando se tem textos longos; pelo seu processo de produção só pode ser produzido em UM caderno (dois terá o preço dobrado, já que o trabalho é maior).
Formato Berliner (ou Germânico)
Formato criado na Europa e introduzido recentemente no mercado nacional, sendo que sua utilização vem crescendo por questão de economia e praticidade para o leitor.
É um pouco mais alto que o tabloide e esse formato traz um melhor aproveitamento do papel, sendo a mancha gráfica de por página de 24,5 x 40cm (podendo haver variações) e a área total de papel de cada página é de 28 x 42 cm.
Aspectos positivos: É um formato que tem menor custo para impressão, já que tem a largura do tabloide (portanto são impressos dois exemplares lado a lado, na área da chapa; é extremamente prático para o leitor, por ser menor, podendo ser manuseado na rua, no transporte, etc. Aqui em Jundiaí temos o Jornal Bom Dia (ao lado) que migrou para esse formato e apesar de no início acharmos que não daria certo, hoje, como leitora, posso afirmar que é muito mais prático (até estranho pegar os outros jornais local que são Standard).
Aspectos negativos: formato que necessita se repensar o volume de informação (tem-se que trabalhar pensando em uma diagramação de tabloide, com menos texto); além disso ainda são poucas gráficas que sabem (e querem) trabalhar com esse formato e têm as informações a respeito de medidas para passar às agências.
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