sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Elementos da linguagem visual do Jornalismo

http://meiradarocha.jor.br/news/2011/03/28/elementos-da-linguagem-visual-do-jornalismo/

Elementos da linguagem visual do Jornalismo

Os elementos da linguagem visual do Jornalismo são as “palavras” visuais que formam o dicionário do designer de jornal. Foram desenvolvidos ao longo da história da arte e compilados principalmente pela escola Bauhaus, na primeira metade do século 20, na Alemanha. Estas palavras gráficas são combinadas segundo uma gramática visual, osPrincípios da Linguagem Visual, para formar “frases ou sentenças visuais”.
Os elementos da linguagem visual são estes:

A linha

Marca que une dois pontos.

O contorno

Áreas. Formas em um espaço bidimensional.

Espaço

Área com largura, altura e sensação de profundidade. Na folha plana, o espaço tridimensional é expresso com claros-escuros.
Nesta capa, temos a combinação de contornos de letras (espaço bidimensional) e forma de cabeça (forma aparentemente tridimensional).

Textura

Todo texto impresso forma uma textura, principalmente as colunas de texto pequeno. As fotos também podem formar texturas, como o campo de flores nesta capa.

Cor

Exemplos de uso de cor: aplicação caótica, uso harmônico, repetição salientando a cor.

Valor

Valor refere-se ao uso de claro e escuro, sombra e destaque, em uma obra de arte. Fotografia preto e branco depende inteiramente de valor para definir seu assunto. O valor está diretamente relacionado com o contraste. Valor é a escuridão e claridade de um objeto, dependendo de como a luz é mostrada. (Wikipedia)

Planejamento Gráfico Editorial passo a passo

Planejamento Gráfico Editorial passo a passo

Prof. Eugênio Furtado
Quarta-feira, 30 de maio de 2012
Conforme solicitado em sala de aula, posto aqui um passo a passo simplificado sobre como fazer um planejamento gráfico de um produto editorial qualquer.
Este material não tem a pretensão de ser uma “receita” de como fazer um Projeto Gráfico Editorial, mas pode dar algumas dicas para organizar as ideias.
  1. Aquisição de Repertório -> busca de informações e referências visuais que possam auxiliar/inspirar a criar o projeto gráfico
  2. Verificação de Recomendações-> O que é preciso que o projeto contemple? O que não pode faltar? Quais são as diretrizes visuais sugeridas pelo cliente?
  3. Verificação de Restrições -> Definição de todos os recursos disponíveis para a confecção do projeto e sua efetiva publicação, os quais limitaram o projeto. Identificação das proibições recomendadas pelo cliente
  4. Definição do Formato ->Tamanho do papel, margens, colunagens, defesas etc)
  5. Montagem dos bonecos dos diversos modelos de páginas possíveis da publicação a ser criada (Esse boneco auxiliará na visualização dos espaços de grafismo e contragrafismos existente na publicação bem como facilitará a hierarquização visual das matérias)
  6. Definição de TODOS os estilos de texto a serem utilizados na publicação (Pode-se criar uma tabela de estilos para facilitar o controle… o Milton Ribeiro usa uma dessas no seu replanejamento do Correio Brasiliense – Planejamento Visual Gráfico – material disponível com Rogério Blc B)
  7. Definição de como serão tratadas as imagens -> Definição de como será o padrão de apresentação das imagens, como virão os elementos auxiliares da imagem: legenda, créditos, filetes, margens, contornos. Que tipo e em que ocasião se pode interferir na imagem (recortes, modificações etc)
  8. Definição dos grafismos (elementos de estilo gráfico) que comporão a página -> Linhas, faixas, divisórias, contornos etc
A partir daqui já se pode montar o Projeto Gráfico, que deve ser considerado como um manual de instruções para diagramação do produto planejado.
  1. Capa (do projeto) (diferente da capa da publicação)
  2. Diretrizes do produto
  3. Formato (com esquema e cotas)
  4. Capa/1a. página -> Especificação dos elementos que comporão a capa, com exemplos. (pode ser criada uma capa ilustrativa)
  5. Páginas do Miolo -> Especificação dos elementos que comporão cada modelo de página do miolo. Especifique-se inclusive os textos e larguras utilizados.  Com exemplos.
  6. Anexo -> Pode-se colocar como anexo um exemplar diagramado da publicação para que o diagramador tenha uma visão completa do produto criado.
Bem, eu acho que já dá para fazer um bocado de coisa.
O projeto gráfico da Revista São Paulo em Cena, de Rafael P. Pinheiro, dá um bom exemplo de um projeto gráfico. Eu, entretanto, sugeriria um projeto mais didático, amarrando todas as decisões competitivas para que outros diagramadores não “inventem” sobre o projeto criado pelo designer.

Fonte: Material disponível no excelente site do professor Eugênio Furtado:http://eugeniofurtado.blogspot.com.br/2012/05/passo-passo-planejamento-grafico.html

Coleção de Fontes Google para publicações impressas

Coleção de Fontes Google para publicações impressas

O site de web fontes do Google oferece centenas de fontes tipográficas, cada uma mais bonita que a outra. A interface do site é excelente e oferece muitas possibilidades de visualização. A gente pode embutir as fontes em páginas web ou baixá-las para fazer publicações em papel.
Como esta modinha de internet vai passar logo, eu reuni uma coleção de fontes para se usar em jornais e revistas, seguindo os critérios:
  • Legibilidade. Principalmente a letra “a” deve ser de “barriguinha e topete”, não redonda — para não ser confundida com “o” — , e a altura “x” deve ser grande. Altura “x” é a altura das minúsculas em relação às  maiúsculas. Quanto mais altas as minúsculas, maior legibilidade.
  • Seriedade. As fontes não podem ser “fantasia” ou ter detalhes que distraiam a atenção da mensagem textual. Algumas fontes do Google são bonitas mas ficam bem apenas em cartazes, convites, anúncios, não em jornais.
  • Deve ter a família completa. As fontes devem ter, pelo menos, os estilos normal, itáliconegrito e negrito itálico, para dar flexibilidade de formatação e ênfase em certos trechos de títulos e textos.
Baixe aqui a “Coleção Meira de Fontes Google para Jornais e Revistas“. Clique à direita, em “Download your collection” para baixar um zip com a coleção toda. Além de fontes com família grande, adicionei algumas fontes sem família, mas boas paraheadlines ou cartolas (chapéus).

Saiba mais

  • Outra tecnologia de embutir fontes na Web: Typekit

A Melhor Fonte para Usar em Impressos, Online e E-mail 


A Melhor Fonte para Usar em Impressos, Online e E-mail 

Você já folheou uma revista goiana com informações que você até gostaria de ler – mas mudou de página simplesmente porque … Você não gostou do tipo de letra usado? Eu já, quase sempre.
“É possível afastar 75% dos leitores simplesmente escolhendo a fonte errada.”, segundo Colin Wheildon, autor de Type & Layout. Então, certifique-se de que a fonte que você ou seu designer usou não está atrapalhando as vendas de alguma forma.
A Diferença entre “Serifa” e “Sem Serifa”
Fontes Serifa têm enfeites na ponta e na base de cada letra, tornando-as mais distintas e reconhecíveis, mais legíveis. Quase todos os livros, jornais e revistas (bem-feitos) usam no corpo do texto fonte serifa pois são mais fáceis de ler.
Como o próprio nome sugere, “Sem Serifa” são fontes sem serifas, principalmente usadas em propagandas, na manchete/título.
Melhores Fontes para Impressão
No livro Cashvertising, Drew Eric Whitman cita um estudo de fontes (impressas em papel) onde apenas 12% dos participantes compreenderam um parágrafo em sans-serif versus 67% que compreenderam em serifa (de um total de 1.010.000 pessoas entrevistadas).
Aqueles que leram a versão sans-serif disseram que “sempre tinham que voltar atrás para recuperar o entendimento.” Concluindo: quando enviar um impresso use serifa para melhor leitura, e manchete/ título sem serifa.
Preferências de fonte impressas de três dos grandes nomes da publicidade e marketing direto:
1) (John Caples) Cheltenham em negrito para títulos;
2) (David Ogilvy) família Century (Caslon, Baskerville e Jenson)
3) (Gary Halbert) Courier.
Melhores Fontes para Uso Online
Para as serifas serem mais legíveis é necessário alta resolução. Quanto mais pixels, mais detalhes da fonte. A resolução dos monitores melhorou mas temos que considerar como seu site ou e-mail vai ficar nos smartphones.  Então online, a melhor fonte é sem serifa.
Um estudo da Software Usability and Research Laboratory concluiu que: Para facilitar a leitura online use Arial 12pts ou mais. Menor que 12pts, Verdana é sua melhor escolha. Para um estilo mais formal, use a fonte “Georgia”. E para os leitores mais velhos, use fonte com pelo menos 14pts.
Melhores Fontes para Email
Dr. Ralph F. Wilson, consultor de comércio eletrônico, concluiu que, para melhor legibilidade, use Arial 12pts ou Verdana 10pts e 9pts no corpo do texto. Para manchetes/títulos, ele sugere Verdana em negrito.
Decidir o tipo de fonte pode significar a diferença entre conquistar o cliente ou apenas fornecer resultados mais ou menos.
Source: John Wood

28 dicas para se fazerem jornais

28 dicas para se fazerem jornais

  1. Em papel A3, o jornal fica melhor dividido em 5 ou 6 colunas, com 5mm entre elas. Em papel A4, 3 colunas ficam melhores.
  2. Quase sempre use fotos de tamanho diferentes pra quebrar a monotonia e criar uma hierarquia de elementos visuais.
  3. Divida também em “linhas” horizontais, formando um quadriculado para servir de base para as matérias. Não fique muito engessado nesta grade, ela só serve de esqueleto. Mas, varie a colunagem de matéria para matéria para quebrar a monotonia.
  4. Margens de 1cm ou 1,5 cm.
  5. Use títulos “pretos”: Impact, Swiss Blk, Arial Black… letras grossas no título. Subtítulos em letras finas com serifa, talvez em itálico. Explore o contraste entre os desenhos das fontes.
  6. Não faça um “bilhete de sequestrador”, com 17 fontes tipográficas diferentes. Use no máximo duas ou três famílias tipográficas.
  7. Uma família para texto, com serifa e boa altura de minúsculas (altura “x”). Liberatioin Serif é um must! Georgia também. Evite Times. Evite Arial, Helvetica, AvantGarde (Jamais AvantGarde! Never! Ever!).
  8. Use uma família para título, outra família para títulos auxiliares (quando um título tem que ficar ao lado de outro, p.ex.), bem contrastantes (uma grossa sem serifa, outra fina com serifa, por exemplo).
  9. IMPORTANTE! Trabalhe sempre com estilos. Evite formatar “à mão”, texto por texto. Aprenda a criar folha de estilos antes de começar o trabalho. Só formate “à mão” em lugares como capa, p.ex.
  10. Exemplo de folha de estilos:
    1. Título 1 (corpo 48),
    2. Título 2 (corpo 36),
    3. Título 3 (corpo 30),
    4. Título 4 (corpo 24),
    5. Título 5 (corpo 20),
    6. Título 6 (corpo 18),
    7. Título 7 (corpo 16),
    8. Entretítulo (corpo 12),
    9. Corpo de texto (corpo 11),
    10. Subtítulo (corpo 18 itálico),
    11. Legenda (negrito),
    12. Autor nome (negrito),
    13. Autor profissão (claro),
    14. Destaque (corpo 18).
    15. Um bom projeto gráfico tem mais de 30 estilos, um para cada função.
  11. Em jornal, textos em geral são justificados (alinhados à direita ou à esrquerda) para ganhar espaço. Mas você pode dar uma visual mais informal alinhando apenas à esquerda, como fazem os publicitários.
  12. Títulos podem ser alinhados à esquerda ou centralizados.
  13. Crie uma hierarquia. Os olhos do leitor não funcionam como leitura de texto (da esquerda para a direita, em zig-zag pela página), mas vão para os elementos mais chamativos da composição visual: fotos primeiro, depois títulos, depois detalhes menores, depois primeiro parágrafo etc.
  14. Diagrame as fotos junto ao título, mas, nunca interrompendo a ligação do título com o início da primeira coluna. Ou seja, não coloque foto no início da primeira coluna. O olhar do leitor tem de ir do título para o primeiro parágrafo sem interrupção.
  15. Evite colocar as fotos “no canto que sobrar”. Diagrame as matérias antes de começar a escrever, para escrever na medida certa. Coloque texto “Lorem Ipsum” e formate com estilos para ver quantos caracteres cabem no espaço. Isso evita escrever demais ou de menos.
  16. A relação entre foto, título e texto não pode ser desequilibrada. Isto é, um texto grande não pode ter uma foto pequena ou título em corpo (tamanho) pequeno.
  17. Não interrompa uma coluna de texto com fotos ou texto-destaque. O leitor pode pular o texto que ficar embaixo da foto e ir para a coluna seguinte.
  18. Corte tudo o que não interessa na foto.
  19. Enquadre pessoas ou objetos que ajudem a se ter a dimensão do objeto fotografado. Um buraco na rua só vai parecer grande se na foto houver uma pessoa olhando para ele, ou dentro dele, p. ex.
  20. Não use fotos semelhantes (como um monte de fotos de pessoas em plano normal, por exemplo). Se precisar usar, varie o ângulo das fotos: foto bem de cima, foto bem de baixo, foto através de um pneu numa árvore, foto com objetos em primeiro plano…
  21. Crie um logotipo “gordo” e marcante, mas sem frescuras. Ele precisará ser reproduzido nos mais diversos tamanhos, precisará ser pintado em faixas, etc. Escolha uma fonte sóbria sem serifa, por exemplo, mas não uma fonte fantasia (com “frescuras”). A manchete é que deve chamar atenção, não o logotipo.
  22. No Scribus, configurações, coloque o caminho para o GIMP. Isso auxilia na edição de fotos.
  23. Entregue o material na gráfica em formato PDF/X-3. Se a gráfica não trabalhar com PDF/X-3, chame-os de amadores. Provavelmente eles farão merda com seu trabalho. Escolha outra gráfica.
  24. A largura de colunas deve ser de 20 a 40 caracteres. Mais do que isso fará o leitor perder a próxima linha, quando os olhos voltam depois de ler a linha.
  25. CAIXA ALTA, só em títulos curtos de poucas palavras (antetítulos — “cartolas” ou “chapéus” –, por exemplo). A caixa alta é mais difícil de ser lida do que caixa baixa (minúsculas) porque as baixinhas têm hastes ascendentes e descendentes, diferenciando-as melhor.
  26. Dificilmente funciona misturar duas famílias tipográficas com serifa nos títulos, subtítulos e elementos acessórios.
  27. Use verbos nos títulos, para dar dinamismo às matérias.
  28. Jornalistas profissionais não repetem as fotos de capa no miolo do jornal. Mas, os leitores podem procurar a mesma foto da capa no miolo, como referência para achar a matéria. Mesmo profissionais podem ter crendices e hábitos infundados.

Sans serif e serif fonts